Da RedaĆ§Ć£o com AgĆŖncia Brasil
A defesa do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) informou nesta terƧa-feira (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeitou o acordo oferecido pela Procuradoria-Geral da RepĆŗblica (PGR) para encerrar o processo no qual o parlamentar foi denunciado por ofensas contra o presidente Luiz InĆ”cio Lula da Silva.
Em julho, o deputado foi denunciado ao Supremo pelo crime de injĆŗria contra o presidente. A denĆŗncia envolve o discurso do deputado durante uma reuniĆ£o na OrganizaĆ§Ć£o das NaƧƵes Unidas (ONU), em 2023, na qual Nikolas Ferreira chamou Lula de “ladrĆ£o” e publicou a fala em suas redes sociais.
A defesa sustenta que as falas de Nikolas estĆ£o acobertadas pela imunidade parlamentar. Os advogados citaram um parecer jurĆdico da CĆ¢mara e o artigo 53 da ConstituiĆ§Ć£o. Pelo texto, deputados e senadores sĆ£o inviolĆ”veis, civil e penalmente, por suas opiniƵes, palavras e votos.
“Diante do exposto, respeitosamente, [a defesa] rejeita a proposta ofertada pelo eminente procurador-geral da RepĆŗblica e, por oportuno, faz juntada do parecer de lavra da Casa Legislativa, invocando, de igual modo, o instituto constitucional da imunidade parlamentar material, pugnando que o presente feito seja arquivado preliminarmente”, argumentou a defesa.
Com a recusa do acordo, o processo vai seguir a tramitaĆ§Ć£o no STF. A denĆŗncia Ć© relatada pelo ministro Luiz Fux. Se for aceita pela Corte, o deputado se tornarĆ” rĆ©u e vai responder a um processo criminal. NĆ£o hĆ” prazo para julgamento.